Ritornello
Sempre sangrarão as cicatrizes?
O sono - irmão caçula da morte -
parece um corte vibrado a esmo.
Mendicância-errância se abraçam silenciosamente.
O mito que retorna
encontra-me quase insensível
à dor do recomeço.
Tropeço no antigo móvel
e não o reconheço. Foi o destino
que me levou a uma outra casa?
A poltrona insegura desvia a torrente do tempo
quando alguém sentado lia
farrapos da própria alma em autores prediletos.
Tudo o que foi passado
custa a morrer nos meus guardados.
Mais